Por Cultura Organizacional, entende- se um conjunto de elementos (crenças, valores e normas) que influenciam o clima de uma empresa. Ela é importante para as organizações por guiar e alinhar os comportamentos dos colaboradores no trabalho.
No “frigir dos ovos”, ou seja, em última instância, sendo esta a mais importante, a cultura pode ser observada nos comportamentos diários e repetitivos de seus colaboradores. Sim, como citado acima, ela guiará os comportamentos, bem como os comportamentos afirmarão a cultura vigente. Neste sentido, ocorre uma retroalimentação e confirmação constantes, onde todos os colaboradores da empresa são corresponsáveis por dar vida e forma à Cultura Organizacional.
É algo tão forte e ao mesmo tempo sutil, que na maioria das vezes nem percebemos que temos esta ação empoderada em nossas mãos. Como facilmente ocorre em diversos âmbitos de nossa vida, se não pararmos, observarmos e traçarmos uma nova rota (aquisição de novos comportamentos), seguimos adotando os mesmos comportamentos, que cristalizam atitudes automatizadas, que se tornam hábitos e, por sua vez, instauram a cultura.
Alguns componentes, como os valores, a visão e a própria missão da empresa, darão pistas e asfaltarão os caminhos a serem seguidos, de forma que os líderes sigam dando os exemplos necessários, dia após dia. Afinal, mesmo em meio a tantas transformações, se tem algo que não mudou e segue sendo extremamente fundamental é o valor e a importância dos líderes agirem sendo verdadeiros exemplos!
No entanto, (citarei aqui a necessidade da implantação de uma nova cultura atrelada às necessidades digitais), com a velocidade das transformações sendo determinada pela revolução tecnológica, a simples mudança na gestão não é mais suficiente.
Agora, são necessárias alterações constantes em razão das modificações frequentes nos cenários de qualquer mercado. Por isso, se não houver uma transformação cultural antes da digital, dificilmente as pessoas conseguirão se adaptar à nova realidade.
Então, é possível transformar? A boa notícia é que sim! Já o grande ponto de atenção é que não será um trabalho rápido, de uma única área, (não, o RH não fará isso sozinho), nem tampouco de um único projeto considerado CORE na empresa.
De fato, para uma mudança significativa, é necessário que sejam envolvidas diversas áreas da empresa (senão todas, as mais relevantes), que estas áreas possuam um sponsor representativo no todo e muitos, muitos projetos que conversem entre si, somem forças e possam convergir genuinamente com a força de um único e mesmo propósito.
Vale ressaltar que mesmo em tempos de “reskiling e horizontalização” nas empresas, o “bottom & up” servirá e muito na divulgação e propagação da aquisição dos novos comportamentos; (auto-observação, autoconhecimento e muitas vezes ressignificação de crenças), mas aqui o velho conhecido “Top & Down” ainda se faz fundamental, uma vez que a célula embrionária de toda a transformação será composta por novas diretrizes estratégicas adotadas certamente após muitos estudos de mercado e concorrência.
O Alto Board, além de definir as novas coordenadas, deverá ser parte fundamental da implementação, sem esquecer de garantir uma variedade de canais e ações que sustentarão os novos comportamentos.
Sim, já vivi de formas distintas transformações culturais e digitais em algumas empresas e, neste sentido, encerro este texto com uma dica da qual aqueles que estão vivendo ou viverão uma transformação de cultura talvez possam se beneficiar: conheça seus vieses inconscientes e busque trabalhar com foco e disciplina para que eles conversem de forma harmoniosa com as “atitudes solicitadas pela nova cultura”.
Só assim você estará verdadeiramente fazendo a sua parte e auxiliando o barco, ou melhor a empresa, a navegar na direção necessária.
E aí, quais tem sido os seus maiores desafios quando o assunto é cultura organizacional? Deixe seu comentário ou entre em contato para conversarmos!
Ana Paula Dib
Gerente de Desenvolvimento da Movidaria. Atuo em Educação Corporativa a mais de 12 anos. Coach e Master em PNL. Sagitariana com o Sol na casa 8 de Escorpião. Intensa e Profunda. Amante de autoconhecimento, comida japonesa, terapias holísticas, psicanálise e espiritualidade.
